Painel 3 anos Ágora Perene: A Cultura Brasileira e o Problema da Identidade

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No dia 28 de Novembro, o Instituto Ágora Perene completou 3 anos de fundação. Para celebrar esta data, o think tank organizou um painel de debates sobre a identidade cultural brasileira, seus problemas, desafios e perspectivas nos dias atuais.

O painel A Cultura Brasileira e o Problema da Identidade trouxe como debatedores o presidente do Ágora Perene, Tiago Barreira, que expôs o tema A Favela na Identidade Cultural Brasileira e o poeta e crítico literário, Bernardo Souto, expondo o tema A Reação Brasileira à Cultura de Massa.

O painel contou com a mediação dos organizadores Eliseu Cidade e Pedro Araújo.

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2 comentários em “Painel 3 anos Ágora Perene: A Cultura Brasileira e o Problema da Identidade

  1. Parabenizo a iniciativa do instituto, mas com reservas. Nas falas dos dois palestrantes, percebeu-se uma quase total cisão com as coisas do povo. Ou se invocou a percepção cultural midiática, para atacá-la, ou se louvou a cultura popular, mas pelos olhos de certos nomes da intelectualidade e das artes. Pois, então, um Ariano Suassuna ou um Euclides da Cunha, por haverem tratado de alguns temas populares, canonizaram-se em vozes idôneas do povo? Pois será que uma guerra nuclear exterminou o povo brasileiro e somos, agora, obrigados a saber dele por intermédio de outros? Não há mais povo ao nosso redor com quem possamos ter contato direto e atual? O que, então, na opinião dos palestrantes, representa o povo brasileiro de ontem e de hoje são os intelectuais de ontem e de hoje? Assim como a mídia, que ignora os interesses do povo em favor dos seus próprios, é aconselhável que seus críticos não cometam o erro que nela criticam. Sobretudo porque, ao contrário do que ambos os palestrantes alegaram, não é verdade que a mídia exerce poder sobre as massas; quem assim crê, sem dúvida, está tão apartado do povo quanto a mídia. Se a mídia exercesse seu mau poder sobre nosso povo, o Brasil já seria só ruínas! Aliás, esse mérito a mídia tem, o de usar sua influência para angariar benefícios, principalmente, governamentais, pois seus agentes sabem que, se, por um lado, o povo é imune a ela, por outro, os governantes não são. Assim, aquele que, por ideologia, bebe da fonte popular direto das fontes secundárias de terceiros arrisca-se a, tanto quanto a mídia, ser, primeiro, desprezado e, depois, ignorado permanentemente pelo povo. É um conselho, não uma crítica.

    1. Caríssimo Artista Brasileiro, muito obrigado pelos apontamentos e comentários. Suas sugestões são bem vindas aqui no instituto, para que possamos aportar conteúdo e atividades de qualidade ao público. Algumas perguntas interessantes que saem a partir daí: até que ponto a cultura de massa exerce poder e controle sobre as camadas populares hoje? O povo exerce uma atitude pró-ativa ou passiva à indústria cultural? De fato são questões relevantes a se refletir, e que podem ser foco de debates em futuros eventos do think tank.

      Quanto aos apontamentos sobre Euclides da Cunha e Ariano Suassuna, outras questões interessantes surgem. As interpretações do povo brasileiro de Euclides e Ariano são ainda válidas para o Brasil de 2024? Estamos assistindo ao nascimento de uma nova cultura popular brasileira no século XXI, em um contexto de crescente influência da cultura americana, com um povo cada vez mais evangélico pentecostal, cada vez mais distante do modelo de sincretismo cultural ibérico-afro-indígena? É um outro tema relevante e sensível de discussões para nós do instituto.

      Ficamos à disposição para maiores esclarecimentos e conversas.

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