O conflito ciência e religião: origens e implicações

O presente ensaio propõe analisar os impactos da ciência moderna e tecnologia contemporânea na fé cristã e nos debates teológicos de forma geral. Serão investigadas as origens modernas do conflito entre ciência e religião, como propaganda difundida nos centros acadêmicos e no pensamento ocidental, de que a teologia e as descobertas científicas devem caminhar separadamente sem interação entre seus saberes, dado que a teologia seria uma inimiga do progresso científico. Como contraponto a essa visão, apresenta-se a conciliação feita por parte de teólogos, cientistas e religiosos ao longo da História, cuja tentativa era não dissociar o conhecimento divino do da natureza, mas contemplar ambos como uma unidade, que embora tenham diferença de métodos, abordagens e formulação de seus questionamentos, ambos possuem o mesmo objetivo, ou seja, o de tornar a vida humana melhor através das verdades descobertas ou reveladas.

Os fisiocratas: o camponês vale mais que o ouro

No século XVIII, a França deu origem a uma das teorias econômicas mais importantes e funcionais da história, a fisiocracia. Segundo essa teoria, o único setor da economia capaz de gerar uma cadeia (cadeia de produção) não era o comércio, mas a agricultura, enquanto fonte de alimento e trabalho. A teoria fisiocrática desenvolveu o primeiro modelo macroeconômico baseado em dados empíricos, o que a torna uma precursora de qualquer metodologia econômica moderna. Hoje em dia, limitar a economia ao valor produzido pela terra seria anacrônico, mas tirar desta experiência do passado algumas boas reflexões para contrastar com a atual dependência econômica de países estrangeiros já é algo de grande valor.