
Na década de 60, o governo desmatava nas margens dos rios para combater a malária e a febre amarela. Nos anos 70, o governo incentivava a suinocultura na margem dos açudes para desenvolver a piscicultura. Na década de 80, implantou o Provárzea (drenagem de banhados) para o plantio nas várzeas, que eram e são as terras mais férteis. Na década de 90, utilizou as áreas com matas para fazer assentamentos da Reforma Agrária. A partir de 2000, o governo enquadra a quem faz qualquer uma dessas coisas como “criminoso”. Numa palavra, todo o multissecular esforço de homens a fim de que o Brasil interior “fosse sentido com as mãos”, no dizer de Juscelino Kubitschek, transformou-se no diagnóstico enunciado por banqueiros estrangeiros e comunistas da loucura, reconhecida como criminosa, de todo aquele brasileiro a quem a sua consciência se unificava pela bondade de servir os outros pela produção de sua lavoura, e de proteger a unidade do país em que habitava.
Pedro Araújo
24. O ambientalismo é o comunismo. Não é nada metafórico o dito “o ambientalismo é o novo comunismo, ou o comunismo verde.” Que é uma metáfora? Não sendo Jesus Cristo, realmente, um leão, diz-se, pela sua majestade, que ele seja o “Leão de Judá”, pela semelhança encontrável entre o Logos divino e a majestade de todo e qualquer leão. Assim, em toda metáfora há certo aspecto de similitude. Não se está dizendo que o ambientalismo parece o comunismo, conquanto que ele o seja, realmente.
Perestroika.
Mais precisamente, o ambientalismo exerce a função geopolítica de destruição da imagem de um inimigo, imagem esta que é um corolário evidente da teoria da “luta de classes”, uma vez que, mediante essa teoria, a história da humanidade, por necessidade, se constitui por duas forças contrapostas: a burguesia e o proletariado; representada a primeira, maiormente, pelos EUA.

Ao contrário, pela assunção de um “problema global”, que requeira uma “solução global”, o inimigo, a própria URSS, some-se no artifício estratégico da criação de um “Estado de todo o povo”; o que nada mais é do que a adoção da ideia de Lenin de retirada dos comunistas do Estado atual, em benefício do futuro governo mundial comunista, tal e qual se documentara, fartamente, por Elliot R. Goodman em “O plano soviético de Estado mundial”.
A partir do influxo do pensamento do criador do movimento comunista italiano, Antonio Gramsci, sobre Gorbatchev, como o expõe Novikov e Bascio, em “Gorbatchev and the Collapse of the Soviet Communist Party”, um consenso pode-se criar, pelo qual toda a força histórica que objetivava a “destruição do inimigo político” se direcione a uma invencionice, que é a do ambientalismo, sem nenhum fundamento na realidade, e os comunistas alcancem uma vitória dupla; inimigos desarmados são inimigos vencidos, apontava-o Carl Von Clausewitz.
Na obra de Novikov e Bascio, ensina-se que Alexander Prolov, colaborador íntimo da perestroika e do próprio Gorbatchev, em conversa privada, dissera: “infelizmente, a interpretação de Marx permaneceu durante muito tempo superficial. Não devemos esquecer… que são os verdadeiros marxistas como… Gramsci que primeiro colocaram os problemas da humanidade em termos globais.” — O ambientalismo é o sucesso universal da perestroika e da utilização das ideias de Lenin e Gramsci no teatro político internacional.
O consenso produzido a respeito de “problemas globais, soluções globais”, no dizer de Gramsci, tem o equivalente histórico na substituição da cultura greco-romana pela cultura cristã. De fato, a tradicional “teoria da luta de classes” não permite, de per se, ainda acompanhando o comunista italiano em sua teoria da cultura, nem a criação de qualquer consenso nacional, nem a tomada de poder nos países capitalistas; conclusão de Gramsci depois de uma primeira visita à URSS, em 1922-1923.
Onde há inimigos reconhecidos e declarados, apruma-se ao combate possível; quando eles não mais se deixam conhecer, a tomada de poder nos países capitalistas pode, só então, ocorrer.
25. Lavagem cerebral. A técnica de modificação comportamental do “pé na porta” consiste na substituição das crenças, sentimentos e valores que, por força da natureza, configurariam a inteligência humana. Em seu estado de lavagem cerebral, um homem qualquer sente, opina e quer de acordo com o que lhe foi determinado de antemão.
Descobriu-se que se a um grupo de controle se pedisse que fosse instalado em seu jardim um grande painel a fim de que os cidadãos se conscientizassem acerca das regras de trânsito, painel esse que cobriria a quase totalidade da fachada, somente 16,7% dos membros desse grupo acederiam ao que lhe tinha sido proposto.
Entretanto, esta é a suma essência da técnica de lavagem cerebral: o sentir-se comprometido com o que se fez anteriormente força a consciência a que aceite o que ela não aceitaria, em condições normais.
– Cole, por favor, somente um pequeno adesivo em sua janela.
– Sem problemas, responde-se.
A um segundo pedido, ao pedido referente ao imenso painel, inaceitável para a maioria dos participantes do primeiro grupo de controle, o painel coloca-se, ocupando quase a totalidade da fachada, por 76% dos participantes deste segundo grupo de controle.
Ora, ensina-se, por exemplo, à puerícia infantil, que se abracem as árvores, com o objetivo de que, tendo este ato se dado, os próprios homens, já adultos, se comprometam com o que qualquer fé, que por acaso tivessem, não lhes ensinaria: que fossem menores do que a criação e que, assim, o “dever moral” de “não desmatar” se seguisse de suas consciências como um corolário matemático se segue das demonstrações da Matemática. Os exemplos são muitos. Ao objetivo deste texto, seja esse suficiente.
Documentos comprobatórios da utilização da técnica psicológica do “pé na porta”: “Declaração mundial sobre educação para todos” e “Quadro de ação para responder às necessidades educacionais fundamentais”, adotados na Conferência Mundial sobre Educação para Todos, da UNESCO, documentos dos quais cito: “Toda pessoa — criança, adolescente ou adulto — deve poder se beneficiar de uma formação concebida para responder às necessidades educacionais fundamentais, as quais se resumem a métodos ativos, baseados na participação, pela qual os ‘valores úteis’ se adquirem”.
Mais ainda, em um outro documento da UNESCO, de 1985, chamado de “Education enviromentale: module pour la formation initiale des professeurs et des inspecteurs de sciences sociales de l’enseignement secondaire”, o método ativo de participação, referido acima e identificado com a técnica de lavagem cerebral do “pé na porta”, reconfirma-se, abertamente: “Essas pesquisas permitiram que se definissem métodos de ensino ativos concebidos para desenvolver a ‘participação’, o ‘comprometimento social’ e o ‘senso das responsabilidades’ nas populações-alvo da educação ambiental”.
26. Sinto-me comprometido por ter “salvado o mundo” ao ter “escolhido” não adquirir qualquer bem econômico contendo o gás CFC. Sou “responsável.” Comprometo-me a isso, daqui para diante. Agirei conforme eu agi. Creio, portanto, que o “mundo é a casa comum”.
O problema, ou melhor, o pseudoproblema, acerca do desaparecimento da “camada do ozônio”, que nunca ocorreu não foi outra coisa senão um primeiro “pé na porta”, pelo qual a casa – que casa se não arromba com tal grosseria –, se devassou.
Os conflitos ideológicos entre liberais e conservadores não pode fazer sentido algum, em um mundo desses, pois mesmo Thatcher tinha entendimento de que os tratados de Viena, 1985, Montreal, 1987, Londres 1990 e Copenhage 1992, cuja temática se fundamentava no “problema do ozônio”, eram o precedente ideal para o avanço de acordos internacionais contra o “aquecimento global”.

Sinteticamente, na obra “Ozone Diplomacy”, pp. 153 e 159, reconhece-se que “os negociadores do acordo de Londres estavam perfeitamente conscientes dos precedentes que eles criavam para as outras questões relativas ao meio ambiente global.” Deve-se entender o asserto de Thatcher como a malícia que perdura de diplomatas do entreguerras.
27. Produção econômica dificultada; impedida; impossibilitada. Em razão dos temporais ocorridos na Região Sul do país, neste maio de 2024, muito da produção de arroz dos descampados gaúchos, tornando-se, em demasia, submersos pela enchente que os assolara, a ponto de perderem a sua característica geológica de alagadiço mediano, adequadíssima à produção do grão, se perdeu. A solução a esse problema atual é, por ora, procurar este simples bem de consumo em países longínquos, vez que as tarifas de exportação foram aumentadas em 30% pelos estados-membros do Mercosul. Ocorre que não haveria necessidade de ir a lugar algum, nem mesmo de se socorrer pela produção agropecuária dos países mais próximos. De fato, toda uma ilha do tamanho dos Países Baixos, e com característicos de solo semelhos, pelo alagadiço referido, que é a do Marajó, em que se iniciava a produção de arroz, em larga escala, há meses, foi, pela irracionalidade exposta e demonstrada neste panfleto político, dificultada, impedida e impossibilitada de continuar a sua produção do cereal, a dias antes do ocorrido da tragédia sulina.
28. Agrotóxicos. Produção econômica dificultada; impedida; impossibilitada. No início e até à metade do século passado, de acordo com os dados oficiais do Ministério da Agricultura de 1957, perdiam-se, em média, 30% da totalidade da produção agrícola anual em razão dos ataques ocasionados por pragas naturais, tais como saúva, broca-do-café, lagarta-rosada, gafanhoto etc. Esses 30% equivalem, levando-se em consideração o valor bruto da produção agropecuária brasileira de 2023, a quase meio bilhão reais, que não mais se perdem, em motivo das substâncias químicas que se utilizam, e que foram responsáveis, já na década de 1970, pelo aumento de produtividade, nas lavouras de trigo, de 423%, segundo a análise realizada de campo pela Embrapa, em 1978.
Até 1900, tempo no qual o país não se servia de defensivos orgânicos por inexistirem ao uso intensivo, a esperança de vida era de 34 anos, o que equivale a dizer que, dado que a idade da maturidade humana seja por volta dos 35 anos, nascia-se para que se vivesse até ao limiar da imaturidade.
Em 1950, a expectativa de vida média do brasileiro era de 45,8 anos.
“Agrotóxico” ou “remédio para plantas”?

O remédio para plantas conhecido como DDT (Dicloro-Difenil-Tricloroetano) sintetizou-se, pela primeira vez, em 1874, por um químico alemão, e Dr. Paul Mueller, em 1939, aprofundou a descoberta de seu antepassado no sentido das determinações maiores de seus característicos químicos e medicinais. Eficientíssimo para a destruição de moscas, piolhos, pulgas e mosquitos, responsáveis pelo flagelo da peste bubônica, tifo, febre amarela, encefalite e malária, o DDT, pelo banimento de seu uso, em 1972, ocasionou a epidemia de malária africana que vitima, em média, um milhão de pessoas por ano. Antes de tal ato deplorável, sob todos os aspectos, como se verá a seguir, em 1970, o “Committee of the National Academy of Sciences” fez saber que “Em menos de duas décadas, o DDT preveniu mais do que 500 milhões de mortes devidas à malária, sem o qual não haveria meios possíveis de remediá-la.” — Tanto é assim que, depois de dois anos, plenos de sucesso, de uso civil na Guiana do defensivo agrícola, Alexander King, cofundador do Clube de Roma, citado no ponto 19, problematiza não o fim da malária enquanto tal, que efetivamente ocorrera, porém a impossibilidade de que o controle populacional intencionado se alcance, cf. itens 6 e 21, e a obra “The Discipline of Curiosity”, p. 43, 1990.
A mesma pressão sociológica verificada acima, para que a fraude científica imensa da patifaria do “aquecimento global” antropogênico se tornasse um “consenso científico”, nota-se na obrigação legal de proibição do uso do DDT. Revistas científicas tais como “Science” e “Nature”, outrora de honestidade intelectual invulgar, determinam-se à manutenção de somente opiniões, mas que possuem um certo efeito político que se deseja. As evidências são muitas.

Uma delas refere-se à suposta constatação de que a utilização de DDT teria ocasionado a diminuição da espessura da casca de ovos. Logo, milhões e milhões de pessoas anualmente devem morrer de malária pela proibição de seu uso. Todavia, essa diminuição da espessura da casca de ovos constatada em localidades onde se tinha utilizado certa quantidade do defensivo agrícola deveu-se, conforme a experiência realizada por J. Bitman, e narrada por Bethell, cf. “The Politically Incorrect Guide to Science”, 2005, p. 77, a uma somente modificação da gramatura de cálcio na dieta das aves respectivas. Assim, acrescentando-se o cálcio perdido à alimentação dessas aves, os ovos tornaram-se, novamente, ovos, e ninguém teria morrido por malária.
Tanto a “Science”, de acordo com o que confessara o seu editor Philip Abelson para o Dr. Thomas Jukes, cf. idem, quanto a “Nature”, “jamais publicariam qualquer pesquisa que, em sendo científica, pudesse contrariar a proibição do uso de DDT”. — Se uma revista designada de “Science” é contra a experimentação científica mesma, razão única do conhecimento científico, tal como de uso na Modernidade, não há razão nenhuma para que se cite e refira como uma “autoridade”.
Ora, os homens encontraram um meio de descobrir se a ingestão de uma determinada quantidade desta ou daquela substância pode causar a morte, índice este designado de DL50. Quanto maior for o DL50 de certa substância, tanto mais o corpo humano é capaz de absorvê-la, sem consequências maiores para a sua saúde. Pura e simplesmente, o DDT tem um DL50 de 113mg/kg, o que significa que a quantidade máxima e suportável de ingestão de DDT para cada quilo de massa orgânica é de 113 miligramas; conclusão muito próxima ao DL50 de alimentos cotidianos, como o café, cujo DL50 é de 127 mg/kg. Fosse de outro modo, o entomologista Gordon Edwards, da Universidade do Estado de São José, não teria se servido de uma boa colherada, em frente de seus alunos, de DDT puro para que viesse morrer, afinal, somente em 2004 aos 84 anos.
29. Mais sobre defensivos agrícolas. Produção econômica dificultada; impedida; impossibilitada. Durante quase meio século, desde a sua inserção no território nacional provavelmente mediante sementes contaminadas trazidas da África, em 1913, a broca-do-café, em 1948, de acordo com a reportagem do “O Estado de S. Paulo”, do mesmo ano, causou um prejuízo estimado de 4.350.000 sacas de café, o que, em valores atuais, perfaz um total de R$ 10 bilhões. Em 35 anos de cafezais submetidos ao regime da praga, estima-se, por baixo, por muito baixo, que a perda tenha sido de R$ 200 bilhões, dinheiro este que poderia ser utilizado para a aquisição, de todos eles, da totalidade do plantel, técnico incluso, do Real Madrid, Barcelona, Manchester United, Liverpool e Manchester City.
Por volta de 1950, a broca-do-café controlou-se com o benefício de agroquímicos à base de BHC. Na década de 1970, a técnica científica descobriu, por fim, uma substância altamente eficaz e de baixíssimo custo, conhecida como Endosulfan, depois de um século quase transcorrido de perdas consideráveis na produção cafeeira. Passadas as décadas de 1970, de 1980, de 1990, de 2000, em 2013 apenas é que surgem a preocupação e o entendimento de que, ora, “Há de ser tóxico o que, até então, tem resolvido o avanço da peste sobre as plantações de café, e há de ser também nefasto o que não tem substituto algum para fazê-lo.” Nefasto fora: o resultado prático de tal política ambientalmente “correta” foi a declaração de emergência fitossanitária, já em 2014, pelos estado de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo, ocasionando a quebradeira de todo produtor pequeno em razão dos preços elevados dos novos defensivos disponibilizados, a partir de 2016, no mercado.
30. Epidemia de Aedes aegypti. Deixarei que o silêncio, deste item, expresse o choro abundante ocasionado pela pior epidemia da História de dengue constatada em solo nacional. Ao banimento dos inseticidas organofosforados, pelo móvel da imitação macacal do ambientalismo de nações temperadas, nas quais a ausência de calor e umidade constantes pode permitir-lhes atos de irracionalidade legislativa, o Aedes aegypti espraiou-se, voando a cada poça de água, neste 2024, pelos corpos de 5 milhões de brasileiros, que adoeceram todos. Conquanto de uso desde a década de 1960, de sorte que, neste caso, o costume deveria ter feito a verdade da sanidade comprovada, mais e mais milhões de pessoas se afetarão por uma imprudência sem tamanho, em razão da proibição legal de produção e utilização dos defensivos orgânicos citados.
Erradicado do Brasil em duas oportunidades, em 1910, na campanha liderada pelo próprio Oswaldo Cruz, quando da criação, na selva amazônica, da ferrovia Madeira-Mamoré, e em 1973, o Aedes aegypti perdura, desde o final dos anos 1980, desde o momento exato em que ocorrera a proibição do DDT, durante trágicos 34 anos a prolongarem-se indefinidamente. Os seus substitutos, o “malathion” ou os “piretroides”, não conseguem exercer o mesmo efeito de controle da praga.
A descoberta do DDT rendeu um Prêmio Nobel de Medicina, em 1948, ao seu criador e desenvolvedor, Dr. Paul Mueller.
31. Mais sobre defensivos agrícolas. Mais sobre a escravização pelo medo midiático. A racionalidade exigiria que, tendo sido aprovada determinada substância que tem a finalidade de combater a expansão de pragas na produção agropecuária, que se desenvolve, largamente, em solo úmido e quente, cf. o ponto anterior, propriíssimo à abundância da vida enquanto tal, essa substância fosse reconhecida pelo que ela é: um remédio que coadjuva o desenvolvimento orgânico de plantas mediante o ataque a corpos estranhos. Ora, ocorre que, somente no Brasil, dentre todos os países de produção agrícola considerável, um qualquer defensivo orgânico que protege e defende a plantação de tomates não pode utilizar-se para a proteção e a defesa de batatas, de sorte que a sanidade de uma única substância se verifica e não se verifica na realidade das coisas. O que é uma contradição flagrante.
Em síntese, a análise que deveria ser objetiva dos defensivos orgânicos realiza-se por “culturas”, e não por eles mesmos, condenados de antemão.
O fundamento de tal expurgo interpretativo tem nada que ver com o conhecimento científico, porquanto com o princípio de marketing jornalístico de acordo com o qual a tragédia somente possível referida rende lucros aos jornalequeiros maiores se comparada à realidade banal de que não houvesse mal algum para referir-se.
O fundamento maior da maldade, todavia, reside em que o princípio de marketing jornalístico não se aplica, como seria de se esperar, a um primeiro momento, pelos próprios jornalequeiros ávidos de atenção pública, mas ele se aprende da Anvisa – da agência governamental responsável pelo veredicto a respeito da sanidade possível dos defensivos agrícolas –, apenas a partir da qual, de malícia a malícia, chega a reportagem, assim configurada, aos leitores.
Uma prova, dentre muitas outras, baseada em fatos históricos, vistos com os olhos e apalpados com as mãos, de que a função da Anvisa tem sido a de só amedrontar, primeiro os jornalistas, depois os leitores, pode-se extrair do relatório designado de “Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), do ano de 2011-12.
Deve-se saber que existem dois tipos de irregularidades constatáveis numa amostra de alimentos: a mais grave, referente ao excesso permitido de um Limite Máximo de Resíduo, e a outra, muito menos grave, referente ao fato de que uma determinada substância defensiva, por razões meramente administrativas e locais, não tenha sido ainda aprovada no país.
Ora, suponha-se o defensivo agrícola X que fora aprovado nos EUA, na China e na União Europeia. Ele pode não o ser no Brasil.
Há qualquer razão justificável para que um agricultor não o utilize? Em absoluto. Então, a mãos cheias, utiliza-se o agrotóxico X para que as lavouras se protejam.
A Anvisa, maliciosamente, mancheteia às agências de notícias: “70% dos alimentos no Brasil são contaminados”, para que, a seguir, por reflexão, o republique o “El País”, de 10 de abril de 2016.
A verdade das coisas é a seguinte: somente 4.2% da amostragem de alimentos referia-se ao grupo que se pode considerar “o mais grave”, ao passo que todo o resto se constatava como alimentos sobre os quais uns defensivos agrícolas, aprovados ocasionalmente na América, se aplicaram à produção agropecuária.
32. País de loucos e criminosos. A unidade da consciência é a sua própria saúde. A coerência dos momentos de uma vida em torno de um eixo comum que confira sentido a esses momentos permite que se mantenha o tanto de sanidade mental sem a qual a loucura transparece em cada um dos atos vitais. O deputado Valdir Colatto manifestou bem a história da luta pela sanidade do homem campesino:
“Na década de 1950, o governo obrigava a desmatar para o agricultor garantir o direito de propriedade. Na década de 1960, o governo desmatava nas margens dos rios para combater a malária e a febre amarela. Nos anos de 1970, o governo incentivava a suinocultura na margem dos açudes para desenvolver a piscicultura, aproveitando os dejetos na alimentação dos peixes. Na década de 1980, implantou o Provárzea (drenagem de banhados) para o plantio nas várzeas, que eram e são as terras mais férteis. Na década de 1990, utilizou as áreas com matas para fazer assentamentos da Reforma Agrária, classificando áreas com matas como improdutivas. A partir de 2000, o governo enquadra a quem faz qualquer uma dessas coisas como criminoso”.
– Numa palavra, todo o multissecular esforço de homens a fim de que o Brasil interior “fosse sentido com as mãos”, no dizer de Juscelino Kubitschek, transformou-se no diagnóstico enunciado por banqueiros estrangeiros e comunistas da loucura, reconhecida como criminosa, de todo aquele brasileiro a quem a sua consciência se unificava pela bondade de servir os outros pela produção de sua lavoura, e de proteger a unidade do país em que habitava, ações boas estas que conferiam sentido, na barafunda caótica de uma nação sempre subordinada aos vendáveis externos, à sua consciência. Afinal, esta consciência é a coisa passiva a receber um “pé na porta”, que é um chute no estômago.
33. Fim da democracia. Do exercício do poder político. Fim do povo. Relacionada a todos os itens anteriores, conferindo-lhes a razão última de sua compreensão, encontra-se a intenção explícita enunciada pela Comissão Trilateral, em 1975, outro instituto de feição semelhante à do Clube de Roma, do Grupo Bilderberg, et alii, referidos no item 19.

Em obra designada de “The Crisis of Democracy”, pp. 191-192, mas que se deveria entender como “How Make a Crisis of Democracy”, esta finalidade de destruição do único fundamento de toda sociedade política, que é o povo mesmo, se apresenta, mais do que às claras, em evidência solar: “Busquemos a transferência do espaço político real de nível nacional ao internacional e a eliminação do poder político, [isto é, do próprio povo], em prol de outras instituições [como a ONU, OCDE etc.], que têm maior influência sobre a vida das pessoas; o que podemos chamar de dissolução do apoio popular, outrora tido como a base real das instituições democráticas”.
Ademais, o mesmíssimo livro-relatório acrescenta que “existem limites desejáveis à extensão indefinida da democracia política”, fazendo entender que figuras como Bolsonaro, Trump, Milei e outras, não podem, em o representando, representar os valores de suas respectivas nações e de seus povos.
34. Fim de toda possibilidade de federalismo político. Aprofundando-se a razão avançada no ponto anterior, saiba-se que o estratagema de dominação política segue a uma lógica linear: a cada ação correspondente a uma redução do papel do Estado-nação, a fim de que uma “descentralização política aumente as possibilidades de influenciar diretamente nas leis que regem a vida cotidiana”, assim se sustenta no documento “Interdépendance et coopération dans le monde de demain”, pp. 180-181, da OCDE, 1987, corresponde uma outra ação de diminuição do exercício de poder pelas autoridades locais ou regionais, dado que, neste plano administrativo, “diversos grupos de interesses e organizações devem integrar-se no processo de tomada de decisão.” — Nesse sentido, “é inconcebível que o Estado nacional não desapareça neste século ou no próximo”, afirma o documento apontado.

Ora, aos cidadãos restará somente “um sentimento”, diria eu, junto a Pascal Bernardin, em “L’empire écologique”, uma ilusão de liberdade.
35. “Na verdade, o Clube de Roma nasceu dentro da OCDE” é dito de Alexander King, em entrevista à revista “Executive Intelligence Review (EIR)”, de 23 de junho de 1981, e continua, “a fundação Ford nos ajudou muito na OCDE.” — O primeiro relatório do Clube de Roma, de 1972, nomeia-se de “Limites do crescimento”, traduzido para muitos idiomas. O objetivo do relatório? Segundo Aurelio Peccei, que ocupou a presidência da instituição até que a bondade da morte viesse torná-lo infeliz na eternidade, em 1984, era causar “um tratamento de choque nas nações industriais”, para que a ação de industrialização se inibisse e a ideologia dos “zerocrescimentistas”, de sucesso longo e semissecular no Brasil, se efetivasse à perfeição.
É natural da vida humana a rejeição, singelamente, a essas ideias.
Para Maurice Guernier, secretário-geral do Clube de Roma, em entrevista à mesma EIR, de 27 de maio de 1980, o contorno a essa rejeição passa pelo enfrentamento do maior dos problemas à realização, na realidade e não fora dela, em um mundo da lua, de nações zerocrescimentistas: “O grande problema é o líder nacional de cada país.” Contudo, — “a nossa chave para o poder é o uso do movimento ecologista e de seus partidos”, e termina, — “o ecologismo engloba tanto a esquerda, quanto a direita”.
36. Depoimentos dos melhores. Princípio do método científico. De acordo com ele mesmo. Philip K. Chapman, geofísico, engenheiro astronáutico, ex-astronauta, físico do MIT, sustenta: “Todos os que exigem inverter a curva do aquecimento global, com urgência, precisam desligar o pisca-pisca, para meter medo, e apresentar algum pensamento sobre o que deveríamos fazer se, em lugar do aquecimento global, estivéssemos enfrentando um esfriamento global.” MIT não é USP: 98 prémios Nobel para a instituição norte-americana.
37. Depoimentos dos melhores. Princípio do método científico. De acordo com ele mesmo. Universidade de Princeton, mais 79 Nobel em sua história de pesquisa, de fato, científica. De lá, vem o Dr. Will Happer, que apenas diz: “Estou convencido de que o alarme corrente e recorrente pela razão do acréscimo de CO2 [na atmosfera] está errado. Os temores de um aquecimento global antrópico estão desprovidos de garantias e não estão baseados em boa ciência”.
38. Depoimentos dos melhores. Princípio do método científico. De acordo com ele mesmo. A maior empresa de pesquisas espaciais do mundo, NASA, fora comandada, em sua seção relacionada a, justamente, um Programa de Pesquisas Climáticas, por Dr. John Theon — o qual deve entender bem do que diz, dizendo: “Não se justifica racionalmente utilizar os modelos de previsão climática na hora de definir as políticas públicas”.
39. Depoimentos dos melhores. Princípio do método científico. De acordo com ele mesmo. Homem mais influente no pensamento de Vladimir Putin em temas de ciência empírica, e vice-presidente do IPCC, o órgão referido acima que se responsabiliza pela divulgação da psicose ambientalista, como a nomeia Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Yuri A. Israel faz saber: “Não há prova alguma de uma relação entre atividade humana e o aquecimento global”.
40. Depoimentos dos melhores. Princípio do método científico. De acordo com ele mesmo. Dr. Jarl R. Ahlbeck, engenheiro químico na Universidade Abo Akademi da Finlândia, Bob Carter, professor de Geologia na Universidade James Cook, Austrália, Prof. David Bellamy, botânico inglês, escritor e jornalista, Richard Keen, climatologista do Department of Atmospheric and Oceanic Sciences, Colorado University, Dr. Harrisson ‘Jack’ Schmitt, geólogo e ex-astronauta, Prof. John Christy, Departamento de Ciências Atmosféricas da Universidade do Alabama, Stanley B. Goldenberg, especialista em furações da National Oceanic and Atmospheric Administration, Friedrich-Karl Ewert, geólogo, pontificador na convenção da ONU sobre “mudança climática” em Bonn, Dr. Arthur Douglas, ex-presidente do Atmospheric Sciences Department da Univerisdade de Creighton, Prof David S. Gee, professor emérito de Ciências da Terra, Universidade de Uppsala, Suécia, Dr. Denis Rancourt, ex-professor da Universidade de Ottawa, ex-ambientalista, Dr. Takeda Kunihiko, vice-reitor do Instituto de Ciências e Tecnologia, Universidade de Chubu, Japão, Dr. Miklós Zágoni, que, antes defendia a fraude enunciada pelo protocolo de Kyoto, Geoffrey G. Duffy, professor da Universidade de Auckland, Nova Zelândia, Timothy Ball, ex-professor de Climatologia da Universidade de Winnipeg, Canadá, Dr. Guy LeBlanc Smith, ex-chefe de pesquisas da CSIRO (Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation), órgão nacional para o clima, Austrália, Prof. André Kapitsa, Universidade de Moscou, pioneiro na descoberta do lago subglacial Vostok, Dr. Habibullo Abdussamatov, chefe de pesquisas espaciais do Observatório Pulkovo de São Petersburgo, Henrik Svensmark, diretor do Centro para Pesquisas do Climar Solar, Centro Espacial da Dinamarca, Prof. Nir. Shaviv, Instituto de Física Racha da Universidade Hebraica de Jerusalém, Prof. Ian Clark, Departamento das Ciências da Terra, Universidade de Ottawa, Robert Essenhigh, PhD, professor de Engenharia Mecânica da Ohio State University, Prof. Henrik Svensmark, Universidade Técnica de Copenhague, Dinamarca, Don. J. Easterbrook, geólogo na Universidade de Washington Ocidental, Prof. Patrick Michaels, Departamento de Ciências Ambientais da Universidade de Virginia, Prof. Tom Victor Segalstad, chefe do Museu de Geologia do Museu de Ciências Naturais da Universidade de Oslo, Noruega, e muitos e muitos outros, estão errados. José Roberto Marinho é que está certo, e seus subordinados imediatos.
[Dubia]
— a. Será que a desumanidade dos fautores da doença ambientalista ideológica rebaixa-se a um ponto tal que, doente, tendo-se chegado à conclusão, em 2004, pela pesquisa de campo realizada pela Coordenação de Pós-graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE-UFRJ), segundo a qual 68% das internações na rede hospitalar pública eram decorrentes de doenças oriundas de água esverdeada de lama, ausente qualquer sistema de coleta de esgoto ou de tratamento de água, continuando, esse povaréu, causador de um povo patologizado, não se atentasse, jamais, ao único ponto relevante de uma “agenda ambientalista” possível?
— b. Será que seja imperceptível que desde o “governo Collor”, em que perdera o país parte considerável de seu corpo, como se fôramos um Rio Branco impotente e invertido, isto é, bau-bau Roraima, conversa em “reserva indianista ianomâmi”, a noção mera de autoridade, vivível por toda dona de casa, não tem mais sentido algum público?
— c. Será que a confissão de Lula, feita ao governador de então de Roraima, Ottomar Pinto, tal como amplamente divulgada na “Folha de São Paulo” (24/042005), na qual, diz: “Toda vez que ia ao exterior recebia pressões e reclamações favoráveis à homologação da reserva”, não seria a razão única de Estado para que fosse posto novamente na presidência, seja que de modo fosse?
— d. Se a diretora da ONG britânica, por meados da década de 2000, Fiona Witson, tivesse confessado, depois de pressão recebida de General Carlos de Meira Mattos a respeito de uma possível constituição dessa ONG, de nome “Survival International”, por membros próximos da família real britânica, o seu dito não deveria apontar a uma verdade? Se tal fosse verdade?