O papel das tradições socioculturais no desenvolvimento econômico – Tiago Barreira

A teoria neoclássica do desenvolvimento econômico, formulada por Robert Solow nas décadas de 40 e 50, enfatizou fatores quantitativos como poupança, educação e inovação. Essa abordagem desconsidera a influência da antropologia sociocultural, que destaca a importância do contexto espacial e histórico nas interações humanas. O ensaio argumenta que a teoria econômica deve incorporar esses elementos para uma compreensão mais completa, propondo um equilíbrio entre a teoria neoclássica e a análise antropológica para uma compreensão abrangente do desenvolvimento econômico.

Ashmedai, Lilith, Demônios e a Questão do Acasalamento com Humanos – Rafael Daher

O tema do sexo entre espíritos, demônios e humanos e o nascimento de descendentes que são metade humanos e metade demônios, tendo como resultado uma demônio fêmea, é muito comum em diferentes formas nos contos populares de todas as nações. Muitos contos deste tipo narrativo requerem esclarecimento, entre os quais os da literatura semita. O problema central subjacente a estas histórias é a luta pelo poder entre o mundo humano e o mundo demoníaco. A visão da existência de duas autoridades humana e demoníaca, natural e sobrenatural, serviu de pedra angular na visão de mundo do hebreu antigo.

O Anjo da Morte no Folclore Judaico e Muçulmano – Rafael Daher

O anjo da morte ocupa um lugar de destaque na visão de mundo da humanidade em todos os locais e em todas as gerações. Na tradição cultural do Médio Oriente (e do antigo Egipto) se enraizou o conceito do deus da morte (ou na tradição posterior: o anjo da morte), como uma personalidade que impõe terror e medo aos homens.

Caim e Abel

“A sociologia simbólica de Buddha, Moisés e Rousseau nos ensina, pois, que há dois tipos essenciais de civilização: uma civilização espontânea secundum natura, própria dos homens e dos povos nômades e pastores de mentalidade intuitiva, de cultura empírica e tradicional, unidos em agrupamentos naturais, os filhos de Abel…, e a outra civilização, própria dos homens e dos povos sedentários e industriais, de mentalidade reflexiva, de cultura especulativa e dialética, agrupados por um vínculo artificial sustentado pela coação política e a elaboração racional da lei, os filhos de Caim…A primeira é a civilização dos povos orientais; a segunda é a que os gregos impuseram ao Ocidente. Os gregos, cainitas típicos, criaram definitivamente a cidade e sua civilização”