Nós, os inadaptados

O filósofo e antropólogo galego e espanhol Vicente Risco (1884-1963) é considerado o maior pensador da Galícia do século XX e um importante nome da filosofia perene na Península Ibérica. Um dos seus ensaios mais conhecidos, “Nós, os Inadaptados” (1933), descreve sua trajetória biográfica intelectual. Risco, influenciado inicialmente pelas ideias individualistas e pessimistas do Fin de siècle e do decadentismo do século XIX, narra sua trajetória em direção ao espiritualismo e regionalismo galego. O ensaio traz interessantes reflexões sobre a crise europeia vivenciada pela geração do período de entreguerras (1918-1939).

Aquela que deve ser obedecida

Carl J. Jung, em Dois Ensaios sobre Psicologia Analítica, descreve a Anima como o arquétipo do feminino no inconsciente masculino - a imagem da mulher no homem. O homem, na sua escolha amorosa, é fortemente atraído pela mulher que melhor corresponda a seu próprio inconsciente feminino - uma mulher que possa receber as projeções de sua Anima. A Anima é uma força interior espontânea e obscura, produzindo estados de espírito inexplicáveis, e ao qual não deve ser reprimida, mas integrada harmonicamente com a ação consciente e deliberada do Ego.

A Presença do Oriente na Obra de Vicente Risco

Vicente Risco, foi um dos intelectuais galegos mais importantes do século XX, e principal definidor intelectual do nacionalismo galego. Seu pensamento foi marcado pela profunda influência do Oriente e crítica ao racionalismo ocidental. O pensamento oriental, caracterizado por Risco pela valorização da tradição, do simbolismo religioso e do sentimento, seria tomado como ponto de partida para revalorizar as tradições culturais galegas e refletir as relações entre Galícia e Ocidente.

Al Insan Al Kabir – A antropologia do cosmos

"The Breath of Creation", Faydoon Rassouli O artigo a seguir fala sobre a existência e manifestação divina segundo diferentes tradições espirituais e místicas, utilizando conceitos e descrições do hinduísmo, sufismo, islamismo e da mitologia. O principal objetivo da criação do universo e do homem por Deus foi manifestar-se, sair do estado não manifestado e se … Continuar lendo Al Insan Al Kabir – A antropologia do cosmos

O Código Simbólico

O ensaio a seguir discute de maneira sucinta os debates acerca da natureza e filosofia da linguagem, a partir das representações dos símbolos e signos. Quais são as funções do símbolos e dos signos dentro da história cultural humana? Qual a importância eles desempenham como construções de civilizações e quais os perigos de se dessacralizar … Continuar lendo O Código Simbólico

Joana D’Arc – Coragem e fé

Ellaline Terriss as Joan of Arc, 1900's. O artigo a seguir trata de aspectos biográficos da vida da santa e guerreira Joana D'Arc responsável por liderar tropas francesas durante a Guerra dos Cem Anos. Além de questões familiares e pessoais, são consideradas no debate aspectos filosóficos acerca do cultivo das virtudes tanto dos santos quanto … Continuar lendo Joana D’Arc – Coragem e fé

Quando a ciência da computação encontra a filosofia – Aristóteles e as bases para a Programação Orientada a Objetos

A Programação Orientada a Objetos (POO) nasceu por volta de 1960, e hoje é um dos paradigmas de programação mais amplamente adotados na ciência da computação. Neste artigo, importantes paralelos podem ser traçados entre os conceitos deste paradigma computacional e os princípios fundamentais de Aristóteles sobre Ato e Potência

Ocidente e Islã: encontro de civilizações?

O ensaio a seguir busca analisar a relação e a influência da cosmovisão islâmica no Ocidente a partir de um viés não só religioso, mas principalmente geopolítico, partindo da revisão conceitual e metodológica empreendida pelo pensador islâmico Mohammed Arkoun. Autor: Alessia Filippazzo. Tradução (Italiano - Português): Eliseu Cidade

Os fisiocratas: o camponês vale mais que o ouro

No século XVIII, a França deu origem a uma das teorias econômicas mais importantes e funcionais da história, a fisiocracia. Segundo essa teoria, o único setor da economia capaz de gerar uma cadeia (cadeia de produção) não era o comércio, mas a agricultura, enquanto fonte de alimento e trabalho. A teoria fisiocrática desenvolveu o primeiro modelo macroeconômico baseado em dados empíricos, o que a torna uma precursora de qualquer metodologia econômica moderna. Hoje em dia, limitar a economia ao valor produzido pela terra seria anacrônico, mas tirar desta experiência do passado algumas boas reflexões para contrastar com a atual dependência econômica de países estrangeiros já é algo de grande valor.