Ocidente e Islã: encontro de civilizações?

O ensaio a seguir busca analisar a relação e a influência da cosmovisão islâmica no Ocidente a partir de um viés não só religioso, mas principalmente geopolítico, partindo da revisão conceitual e metodológica empreendida pelo pensador islâmico Mohammed Arkoun. Autor: Alessia Filippazzo. Tradução (Italiano - Português): Eliseu Cidade

A China do século XXI: a estratégia do dragão asiático – Eliseu Cidade

O artigo a seguir aborda as principais medidas do governo chinês necessárias ao exercício do poder hegemônico no prisma geopolítico partindo da questão política, ideológica e estratégica até suas medidas econômicas internas e expectativas de crescimento para os próximos anos e décadas baseadas em seus indicadores e no plano de governo do Partido Comunista Chinês.

O cientificismo e a abolição do homem – Eliseu Cidade

Quão perigoso pode ser a ideologia cientificista ao considerar a ciência como a única fonte para obtenção de conhecimentos válidos? A ciência realmente tem o poder de tornar os homens subservientes a ela, e ao invés de ser instrumento útil nas mãos do homem, ele próprio poderia se tornar um instrumento nas mãos da ciência e dos cientistas? Clive Staples Lewis em sua obra Abolição do Homem demonstra como a ciência pode ser utilizada como instrumento de poder e manipulação por parte de tecnocratas, políticos e homens poderosos para conduzir a sociedade a seu bel prazer. A influência da psicologia behaviorista, a visão mecanicista de ciência e o dualismo mente-corpo foram chaves para a farsante ideia de eterno "progresso" da humanidade.

O conflito ciência e religião: origens e implicações – Eliseu Cidade

O presente ensaio propõe analisar os impactos da ciência moderna e tecnologia contemporânea na fé cristã e nos debates teológicos de forma geral. Serão investigadas as origens modernas do conflito entre ciência e religião, como propaganda difundida nos centros acadêmicos e no pensamento ocidental, de que a teologia e as descobertas científicas devem caminhar separadamente sem interação entre seus saberes, dado que a teologia seria uma inimiga do progresso científico. Como contraponto a essa visão, apresenta-se a conciliação feita por parte de teólogos, cientistas e religiosos ao longo da História, cuja tentativa era não dissociar o conhecimento divino do da natureza, mas contemplar ambos como uma unidade, que embora tenham diferença de métodos, abordagens e formulação de seus questionamentos, ambos possuem o mesmo objetivo, ou seja, o de tornar a vida humana melhor através das verdades descobertas ou reveladas.

Os fisiocratas: o camponês vale mais que o ouro

No século XVIII, a França deu origem a uma das teorias econômicas mais importantes e funcionais da história, a fisiocracia. Segundo essa teoria, o único setor da economia capaz de gerar uma cadeia (cadeia de produção) não era o comércio, mas a agricultura, enquanto fonte de alimento e trabalho. A teoria fisiocrática desenvolveu o primeiro modelo macroeconômico baseado em dados empíricos, o que a torna uma precursora de qualquer metodologia econômica moderna. Hoje em dia, limitar a economia ao valor produzido pela terra seria anacrônico, mas tirar desta experiência do passado algumas boas reflexões para contrastar com a atual dependência econômica de países estrangeiros já é algo de grande valor.

O Projeto Epistêmico e Político da Metafísica de Kant – Eliseu Cidade

O presente artigo se propõe a analisar - a partir de diversos escritos kantianos -, sua crítica da metafísica bem como o seu sistema de dogmática filosófica a partir da análise da epistemologia através do que ele denomina lógica transcendental. O conceito de Aufklärung, ou, o Esclarecimento, é a condição essencial para a adquirir o uso da razão individual, saindo assim da menoridade. Além da investigação da faculdade de conhecer, Kant discute o papel do juízo e da crítica no sentido político bem como do uso público e privado da razão.

A dança do Cosmos

No breve ensaio, são apresentadas diferentes visões da cosmologia tanto a partir da visão indiana, tradição budista-tibetana bem como da mitologia grega relacionada à cosmogênese. O simbolismo apresentado explora o processo de nascimento e regeneração do cosmos bem como o surgimento dos elementos presentes na natureza. Autora: Naida Muslic; Tradução: Eliseu Cidade