Aquela que deve ser obedecida

Carl J. Jung, em Dois Ensaios sobre Psicologia Analítica, descreve a Anima como o arquétipo do feminino no inconsciente masculino - a imagem da mulher no homem. O homem, na sua escolha amorosa, é fortemente atraído pela mulher que melhor corresponda a seu próprio inconsciente feminino - uma mulher que possa receber as projeções de sua Anima. A Anima é uma força interior espontânea e obscura, produzindo estados de espírito inexplicáveis, e ao qual não deve ser reprimida, mas integrada harmonicamente com a ação consciente e deliberada do Ego.

Nostalgia: Melancolia e Esperança – Tiago Barreira

A nostalgia é um sentimento humano que deve ser cultivado e se encontra incompreendido em demasiado em tempos culturais atuais. A nostalgia, definida como essa ansiosa tensão entre a melancolia de ausência e esperança de regresso ao lar, é hoje alvo de ataques por diversas correntes de pensamento, acusada seja de conduzir a um estado apático e depressivo no ser humano, seja de promover uma idealização reacionária do passado. Contudo, contrariamente às suas caricaturações ideológicas, o amor nostálgico ao ausente se mostra hoje tão necessário como chave para soluções e respostas da vida humana presente e do aqui e agora.

A Presença do Oriente na Obra de Vicente Risco

Vicente Risco, foi um dos intelectuais galegos mais importantes do século XX, e principal definidor intelectual do nacionalismo galego. Seu pensamento foi marcado pela profunda influência do Oriente e crítica ao racionalismo ocidental. O pensamento oriental, caracterizado por Risco pela valorização da tradição, do simbolismo religioso e do sentimento, seria tomado como ponto de partida para revalorizar as tradições culturais galegas e refletir as relações entre Galícia e Ocidente.

Al Insan Al Kabir – A antropologia do cosmos

"The Breath of Creation", Faydoon Rassouli O artigo a seguir fala sobre a existência e manifestação divina segundo diferentes tradições espirituais e místicas, utilizando conceitos e descrições do hinduísmo, sufismo, islamismo e da mitologia. O principal objetivo da criação do universo e do homem por Deus foi manifestar-se, sair do estado não manifestado e se … Continuar lendo Al Insan Al Kabir – A antropologia do cosmos

O Código Simbólico

O ensaio a seguir discute de maneira sucinta os debates acerca da natureza e filosofia da linguagem, a partir das representações dos símbolos e signos. Quais são as funções do símbolos e dos signos dentro da história cultural humana? Qual a importância eles desempenham como construções de civilizações e quais os perigos de se dessacralizar … Continuar lendo O Código Simbólico

As Categorias de Aristóteles – Tiago Barreira

Resgatar e reconstituir os conceitos que fundamentam o edifício de um pensamento antigo torna-se de suma importância para o aprendizado filosófico. Categorias, uma obra enxuta, porém, densa, constitui o ponto de partida e introdução aos estudos aristotélicos, e cumpre um importante papel de direcionar e balizar todos os modos de raciocínio e investigação filosófica que serão desenvolvidos no Ocidente nos séculos posteriores.

Quando a ciência da computação encontra a filosofia – Aristóteles e as bases para a Programação Orientada a Objetos

A Programação Orientada a Objetos (POO) nasceu por volta de 1960, e hoje é um dos paradigmas de programação mais amplamente adotados na ciência da computação. Neste artigo, importantes paralelos podem ser traçados entre os conceitos deste paradigma computacional e os princípios fundamentais de Aristóteles sobre Ato e Potência

O cientificismo e a abolição do homem – Eliseu Cidade

Quão perigoso pode ser a ideologia cientificista ao considerar a ciência como a única fonte para obtenção de conhecimentos válidos? A ciência realmente tem o poder de tornar os homens subservientes a ela, e ao invés de ser instrumento útil nas mãos do homem, ele próprio poderia se tornar um instrumento nas mãos da ciência e dos cientistas? Clive Staples Lewis em sua obra Abolição do Homem demonstra como a ciência pode ser utilizada como instrumento de poder e manipulação por parte de tecnocratas, políticos e homens poderosos para conduzir a sociedade a seu bel prazer. A influência da psicologia behaviorista, a visão mecanicista de ciência e o dualismo mente-corpo foram chaves para a farsante ideia de eterno "progresso" da humanidade.