Como as Mulheres começaram a Guerra Cultural (parte III)

Resultado de imagem para Feminist movement

Trecho extraído do capítulo do livro “Verdade Absoluta – Libertando o Cristianismo de seu Cativeiro Cultural” da filósofa e teóloga Nancy Pearcey

PADRÕES FEMININOS, RESSENTIMENTO MASCULINO

O padrão duplo acabou gerando tensões nas relações entre homens e mulheres. Afinal, quem eram os objetos de todos estes movimentos reformistas? Quem eram os vilões tão pervertidos que as mulheres tinham de tomar conta? Eram… os homens. O movimento de temperança mobilizou esposas e mães contra maridos e pais beberrões a fim de tirá-los dos bares e colocá-los de volta ao seio familiar. A retórica das abolicionistas femininas se concentrou nos donos de escravos que se aproveitavam das escravas. O movimento para banir a prostituição e o aborto lançou as mulheres arruinadas como vítimas e os homens como sedutores cruéis. A historiadora Mary Ryan resume a dimensão sexual dos movimentos reformistas: “Quase todas as associações femininas de reforma eram condenações implícitas dos homens; havia pouca dúvida sobre o sexo dos donos de escravos, taberneiros, bêbados e sedutores”.

A mensagem enviada pela doutrina das esferas separadas era “que as mulheres têm de controlar os homens moralmente”, explica o historiador Carl Degler. As mulheres foram exortadas a “trabalhar juntas para controlar a tendência masculina à lascívia”. Pois se a mãe era “o árbitro moral no lar”, esse papel “concedeu às mulheres o direito — não, a obrigação — de regular o comportamento sexual dos homens”.

A ideologia das esferas separadas era nada menos que “um plano para o governo feminino das paixões masculinas”, concorda Rotundo. E observa que causou um efeito paradoxal: “Deu aos homens a liberdade de serem agressivos, gananciosos, ambiciosos, hostis e egoístas, e deixou às mulheres o dever de refrear este comportamento”.

Estes temas aparecem na literatura da época. No início do século XIX, um terço de todos os romances publicados nos Estados Unidos foi escrito por mulheres (inspirando a famosa declaração de Nathaniel Hawthorne de que os Estados Unidos foram tomados por uma “turba de mulheres escrevinhando”). Um dos temas mais comuns nestes romances é o triunfo das mulheres contra os homens maus. “A principal história repetida”, escreve um professor de inglês, “é a luta da mulher bondosa contra a tirania e crueldade encobertas e descaradas dos homens.” A mensagem era que os homens são inerentemente ordinários e imorais, e que a virtude é característica feminina, imposta nos homens apenas por grande labuta. O mesmo conceito de virtude, que antes fora característica primariamente masculina, definida como coragem e dever cívico desinteressado, foi transformado em característica feminina, focalizada na pureza sexual.

HOMENS MÁSCULOS

No final das contas, a tentativa de fazer das mulheres reformadoras morais dos homens foi frustrante. Por quê? Porque definiram a virtude como qualidade feminina, em vez de qualidade humana, e depois exigiram que os homens fossem virtuosos. Os homens viram esta atitude como nnposição de um padrão feminino — padrão que é estranho à natureza masculina. Ser virtuoso assumiu conotações efeminadas em vez de varonis. William Ellery Channing, ministro unitarista, foi elogiado por um amigo que disse que ele era “quase feminino” e admirou seu “temperamento feminino”.

Em fins do século XIX e começo do XX, houve uma reação. Os homens se rebelaram contra os esforços femininos de reformá-los. Uma nova palavra entrou no vocabulário inglês: supercivilizado. Os homens se preocupavam com os meninos, pois estavam sendo criados muito exclusivamente sob a tutela de mães e professoras. Em consequência disso, estavam ficando meigos e efeminados. Em reação a esse contexto, voltou a ter realce a natureza masculina selvagem e indomita. Foi quando lendas da fronteira perdida se tornaram populares — a vida de Davy Crocket e de Daniel Boone. Theodore Roosevelt foi para o oeste exaltar a “vida estrênua” dos homens que viviam ao ar livre. Ernest Thomas Seton se vestiu de forma bastante elegante de índio e fundou o escotismo americano. O manual dos escoteiros de 1914 expressa graficamente a nova filosofia:

O deserto acabou, o soldado americano que lutou pela independência foi embora, o índio pintado seguiu a trilha e cruzou a fronteira, as privações e dificuldades da vida pioneira, que muito contribuíram para produzir a genuína masculinidade, hoje são lendas. Temos de depender do movimento do escotismo para produzir os HOMENS do futuro.

As obras literárias soaram o tom de rebelião masculina contra os padrões femininos de virtude. Pela virada do século, diz certa narrativa histórica, surgiu “novos gêneros de ficção de aventuras e de cowboys, escritos por autores como Owen Wister [autor do primeiro western] e Jack London” — livros que “enalteciam o homem que escapara dos confins da domesticação”. Os livros de “meninos travessos” se tornaram gênero popular. O mais conhecido é o Tom Sawyer e Huckleberry Finn, de Mark Twain. Este último, termina com Huck partindo para terras desconhecidas, “porque a tia Sally vai me adotar e me civilizar, e eu não quero isso”. Note que “civilizar” é algo feito por criadas velhas chamadas de tias. Os livros de Twain expressam a ambivalência pungente de “reverência e ressentimento do lar e dos padrões femininos”.

Alguns escritores ligaram a masculinidade com ser primitivo e bárbaro, elogiando os “instintos animais” e a “energia animal”. Os livros de Tarzan, que apresentam um homem selvagem criado por macacos, ficaram imensamente comuns. Em parte, esta nova definição da virtude masculina espelhava a influência da teoria da evolução de Darwin. Pois se os seres humanos evoluíram do mundo animal, a implicação era que a natureza animal é o cerne do nosso ser. Tratava-se de conceito espantosamente novo. Desde a antiguidade, a virtude era o exercício da restrição das paixões “mais baixas” exercida pelas faculdades “mais altas” do espírito racional e da vontade moral. Mas agora, em reversão atordoante, enalteceram as paixões animais como o verdadeiro “eu”.”É uma nova sensação ver o homem como animal — o animal mestre do mundo”, escreveu John Burroughs (filho do autor de Tarzan). O surgimento do darwinismo social exaltou “o triunfo do homem sobre o homem na luta primitiva”.

Até as igrejas sentiram o problema e remodelaram a religião em tom mais masculino. Por muito tempo, a religião fora o domínio das mulheres com um toque de devoção sentimental. Em 1858, um artigo na revista Atlantic Monthly repreendeu os pais, dizendo que se um filho fosse “pálido, franzino, sedentário, inanimado e triste”, então era dirigido ao ministério, ao passo que, por outro lado, o filho “corado, valente e forte” era dirigido às profissões seculares. A resposta? “Cristianismo muscular”, conceito que combinava masculinidade física forte com ideais de serviço cristão.

O mais famoso defensor do cristianismo muscular foi o evangelista Billy Sunday. Em suas proclamações, dizia que Jesus “não [era] de proposição covarde e bajuladora”,mas”o maior briguento que já existiu”. Sunday oferecia aos seguidores uma “religião tonificante ebriosa”, e não uma “devoção delicada, efeminada e fraca”. Publicaram livros com títulos de A Masculinidade de Cristo, O Cristo Varonil e O Poder Masculino de Cristo. Nasceu o Movimento Promotor dos Homens e da Religião que operava na igreja e durou até os anos cinquenta, ressaltando a imagem de Jesus como homem de negócios ou vendedor bem-sucedido. Os organizadores compravam espaço de jornais na seção de esportes, ao lado de anúncios de carros e uísque, e proclamavam que as mulheres “tinham se encarregado do trabalho da igreja por bastante tempo”. Eles promoveram uma religião máscula que enfatizava a força e a responsabilidade social.

PAIS BRINCALHÕES

Esta ênfase bem-vinda na força masculina foi estragada pelo tema contínuo de que a masculinidade genuína só era atingida resistindo aos “padrões femininos”. Em 1926, um livro influente chamado The Mauve Decade (A Década Lilás) começa com um ataque feroz ao que o autor chamou de “a Titanesse” — a mulher americana como árbitro da preferência e moralidade pública. O autor se preocupava com a masculinidade dos meninos que eram criados em casas e escolas dominadas por mulheres.

Nos anos quarenta, Philip Wylie escreveu o best-seller chamado A Generation o/Vipers (Uma Geração de Víboras), no qual acusou as mulheres de “mãeísmo”, ou seja, sufocar, controlar e manipular os filhos.M Em minha adolescência, ainda me lembro de ver artigos nas revistas femininas sobre os perigos do “mãeísmo”. A revista Playboy foi lançada nos anos cinqüenta, avisando que as mulheres são parasitas econômicas e o casamento, uma armadilha que “esmaga o espírito aventureiro e amante da liberdade dos homens”. Uma das primeiras edições apresentava uma página dupla retratando uma noiva e noivo sorridentes, mas na página seguinte, o nariz e o queixo da noiva se encompridou, o véu ganhou nervuras semelhantes às das asas de morcego, e o pobre homem descobre que se casou com uma harpia. O tema era que a vida e os valores da família são impostos por mulheres, mas são opressivos para os homens.

Pela primeira vez, tornou-se socialmente aceitável o pai não ter envolvimento com a família. Nas áreas urbanas, ao longo dos anos vinte e trinta, o pai se tornou o pai secundário que tomava conta dos “extras”: passatempos, esportes, idas ao jardim zoológico. Como descreve certo historiador, os pais foram reduzidos a artistas — pais que brincam de cavalinho com os filhos.

Surgiu, então, a imagem hoje familiar do pai estabanado e incompetente em casa, que é tratado com condescendência pela esposa paciente e filhos inteligentes. Esta imagem se popularizou na personagem da história em quadrinhos Dagwood Bumstead, em Al Bundy da série de televisão “Casado com as Crianças”, e no Papai Urso importunador dos Ursos Berenstain, série popular de livros ilustrados. Quando a Mamãe Urso decide que a família tem de parar de comer porcaria, é o Papai Urso que surrupia seus lanches favoritos. Quando a Mamãe Urso decide que a família tem de parar de ver televisão, é o Papai Urso que à noite desce as escadas bem devagarzinho para assistir TV. Os livros apresentam o estereótipo em que a mãe impõe regras e o pai imaturo e infantil as quebra. Até as crianças repreendem o Papai Urso por suas infrações. É claro que tudo é apresentado como humor. Que engraçado! Ah, ah, ah, ah! Vamos ensinar as crianças a se sentirem superiores aos seus pais incompetentes.

Quando eu estava no seminário, um professor iniciou a aula contando que foi deixado sozinho — sozinho! — com seus dois filhos pequenos numa manhã de sábado, enquanto a esposa foi fazer compras. Incapaz de conter o comportamento inquieto dos filhos, impôs a ordem colocando os meninos sentados no sofá, um em cada canto, enquanto ficava sentado de maneira rígida entre eles, proibindo que se movessem ou falassem até que a esposa voltasse e o salvasse. Todos os estudantes (masculinos) na classe riram. E fiquei imaginando: Quando se tornou socialmente aceitável a um homem cristão admitir que ele é incompetente como pai?

A medida que a paternidade perdia status, não é surpresa que os homens mostrassem investimento decrescente em ser pai. De 1960 a 1980, houve uma queda drástica de 43% na quantidade de tempo que os homens passam no ambiente familiar, onde haja crianças. Para muitas mulheres hoje em dia, em nível pessoal, o problema não é tanto o domínio masculino quanto a deserção masculina.

A FÚRIA FEMINISTA

Como já comentamos, o movimento feminista começou aproximadamente no mesmo tempo em que as mulheres estavam assumindo posições do império benevolente. Por isso, voltemos um pouco para ver onde isso se ajusta ao padrão cultural. Desde o princípio, o feminismo foi marcado por considerável raiva e inveja, não tanto do homem em si quanto das oportunidades disponíveis aos homens na esfera pública. Em 1912, uma feminista escreveu:

Desde que comecei a pensar por mim mesma não tive dúvida de qual esfera mais me atrai. Os deveres e prazeres da mulher comum entediam e irritam. Os deveres e prazeres do homem comum são interessantes e fascinantes.

Quando as feministas perceberam isso, o problema começou quando o trabalho foi tirado das casas. A solução, então, era óbvia: as mulheres deveriam acompanhar o trabalho no cenário público. Foi o que os homens fizeram; por que não as mulheres? Até a ciência apoiava a idéia da saída de casa. Os darwinistas sociais daqueles dias explicavam que a razão de os homens serem superiores às mulheres (premissa que elas não questionaram) era que, desde o começo em condições cruéis, os homens tinham lutado pela sobrevivência no mundo onde estavam sujeitos à competição e seleção natural — processo que elimina os fracos e inferiores. Em contrapartida, as mulheres ficavam em casa alimentando as crianças, fora do alcance da seleção natural. Esta situação fez com que elas evoluíssem com mais lentidão.

Ironicamente, até os defensores das mulheres contra as teorias darwinistas sociais de inferioridade biológica as defenderam denegrindo a casa. O sociólogo Lester Frank Ward argumentou que as mulheres não eram inerentemente inferiores; suas faculdades estavam apenas subdesenvolvidas por causa da restrição ao lar. Considerando que nada de significativo ocorre em casa, quem passa tempo em casa tem somente assuntos triviais nos quais exercitar a mente. Assim, não admira que elas sejam retardadas no seu desenvolvimento.

Feministas como Charlotte Perkins Gilman (aluna da Ward) concluíram que as mulheres nunca teriam progresso evolutivo enquanto permanecessem isoladas no ambiente pré-científico do lar. Gilman exortou que todas as funções que restassem na casa deveriam ser removidas e postas aos cuidados de profissionais cientificamente orientados. De acordo com ela, só quando tiradas das mãos amadoristas da dona-de-casa, é que haveria progresso no cozinhar, limpar ou criar filhos. Talvez isso tenha soado radical na ocasião, mas em nossos dias muitas mulheres seguem basicamente as recomendações de Gilman: Muitas se servem de alimentos pré-preparados ou de restaurantes fast-food para alimentar a família; contratam pessoas para limpar a casa; e entregam os filhos para serem criados por funcionárias de creche.

O QUE AS MULHERES PERDERAM?

Como esta perspectiva histórica nos ajuda a entender melhor os “assuntos das mulheres” contemporâneas? Que princípios podemos extrair para elaborar uma visão mais bíblica do casamento e da família?

Em primeiro lugar, é lógico que não podemos entender as mudanças nos papéis e circunstâncias das mulheres sem relacioná-las para compararmos as mudanças nos papéis dos homens. Os dois estão entrelaçados numa interação dinâmica. A Revolução Industrial causou a contração do trabalho dos homens e das mulheres que se tornou mais especializado; o trabalho de ambos os sexos perdeu amplitude e diversidade, e ficou mais intensamente concentrado. Os homens perderam a integração tradicional na vida da casa e da família (acabaram os livros de receitas escritos para homens!). Eles perderam o contato íntimo que desfrutavam com os filhos ao longo do dia e, por conseguinte, não atuaram mais como pai e professor primário dos filhos.

De sua parte, as mulheres em casa perderam a participação que tinham na produção econômica, com extensa gama de habilidades e atividades relacionadas. A perda do papel produtivo tradicional das mulheres as colocou em nova dependência econômica. Considerando que antes da Revolução Industrial a casa era sustentada por uma interação de serviços mútuos, agora o serviço não remunerado das mulheres se destacou de forma inédita, alimentando-se do estereótipo do caráter feminino como abnegadas e generosas, ou mais negativamente, como dependentes e desamparadas. As mulheres também ficaram mais isoladas: perderam o contato fácil com o mundo dos adultos, ao mesmo tempo em que a responsabilidade na criação dos filhos aumentou, visto que já não era partilhada com o pai e outros adultos da casa.

Poderíamos perguntar: Em vista de ambos os sexos terem perdido muito da integração da característica da vida e do trabalho da casa anterior à Revolução Industrial, por que só as mulheres protestaram? Por que houve o movimento das mulheres, mas não o movimento dos homens (pelo menos, não até agora)? A resposta é que a contração da esfera das mulheres foi mais onerosa, porque elas foram confinadas à esfera particular. Isso significa que sofreram da desvalorização geral da esfera particular. A casa foi extirpada do “verdadeiro” trabalho da sociedade, isolada da vida intelectual, econômica e política, ao mesmo tempo em que atingiu a igreja. Proponho que assim como não é bom para a religião ser compartimentada no reino particular, da mesma maneira não é bom para as mulheres.

REMORALIZANDO OS ESTADOS UNIDOS

O segundo tema que podemos extrair da história é que a meta dos movimentos reformistas do império benevolente era “remoralizar” a esfera pública com os valores da esfera particular — da religião e família. Poderíamos dizer que esta foi a fase primitiva da “guerra cultural” de hoje: a política, economia e educação estavam declarando autonomia dos antigos controles da religião e moralidade, e os cristãos evangélicos estavam resistindo.

Houve uma dimensão sexual para este conflito. Levando em conta que os homens trabalhavam na esfera pública, eles foram os primeiros a absorver o etos da modernidade. Enquanto isso, a reforma social estava sendo promovida pelos esforços das mulheres (com o apoio do clero). Assim, para sermos mais precisos, foi em grande parte a tentativa de as mulheres remoralizar a esfera pública e atrair os homens de volta aos valores tradicionais.

O terceiro tema deveria ser óbvio: Esta estratégia não funcionou e deveria ter sido abandonada. Os homens perceberam que a tentativa de remoralização era empenho em impor os valores “femininos”, o que eles acabariam descobrindo. A consequente rebelião masculina contra a religião e a família ocasionou a desvalorização de ambas, tendência que
continua até hoje.

Apesar das consequências adversas, é incrível que alguns comentaristas sociais persistam em afirmar que as mulheres são responsáveis por “domesticar” os homens. Num artigo intitulado “Mulheres que Domesticam Homens”, o colunista William Raspberry diz que o crime e as drogas entre homens afro-americanos são culpa das mulheres afro-americanas! “Enquanto as mulheres tolerarem este comportamento dos homens, isso continuará”, escreve Raspberry. Em defesa de sua teoria, ele argumenta que foram as mulheres que “criaram o casamento” e “domesticaram” os homens, e que “são as civilizadoras da sociedade”. O registro histórico dos Estados Unidos mostra que esta abordagem não deu certo. A verdade é que os homens serão atraídos de volta à vida familiar, quando se convencerem de que ser bom marido e pai é uma coisa máscula a fazer; que o dever e sacrifício parental são virtudes masculinas; que o amor e fidelidade marital não são padrões femininos impostos externamente sobre os homens, mas que fazem parte do caráter masculino — algo inerente e original, criado por Deus.

Assine grátis o Newsletter da Revista Ágora Perene e receba notificações dos novos ensaios

Não fazemos spam! Leia nossa política de privacidade para mais informações.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *