A Poesia Concreta pregava a completa abolição das construções sintáticas e a consequente morte do verso, e terminou por criar uma porção de pseudo-poemas que, nas palavras de Manuel Bandeira, tinham mais parentesco com as Palavras Cruzadas do que com a Literatura propriamente dita.
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Tragédia e redenção: Rei Lear e a tocha da esperança – Bernardo Souto
Bernardo Souto: Se a tragédia, como bem percebeu Aristóteles, é a representação de homens superiores, o que faz de Lear superior? Podemos dizer que Lear é um herói trágico por excelência, pois ele concentra em si uma paixão e um desejo de ação que lhe serão fatais.
Afinal, letra de música é ou não é poesia? – Bernardo Souto
A recente atribuição do Nobel de Literatura ao cantor e compositor norte-americano Bob Dylan pôs novamente o assunto em evidência. Afinal de contas, o que de fato diferencia o poema da letra de música? Nos próximos parágrafos, direi o que penso a respeito, a fim de acrescentar algumas informações ao já riquíssimo corpus existente.
Importância e legado de T.S. Eliot – Bernardo Souto
T.S. Eliot (1888-1965) é seguramente um dos maiores escritores de nossa época. Suas obras ironizam o egocentrismo do homem contemporâneo, e criticam o vazio espiritual da geração do período entreguerras a que viveu.
Manuel Bandeira: Um Lírico no Auge do Modernismo – Bernardo Souto
A valorização do novo na modernidade atingiu enormes proporções nas primeiras décadas do século XX, com a eclosão das vanguardas europeias e do modernismo. Animado por uma única obsessão – a busca da originalidade e da novidade enquanto tais –, o modernismo pendeu para a simples repetição vazia do gesto da inovação pela inovação. Foi precisamente a essa tradição do novo pelo novo que o poeta brasileiro Manuel Bandeira se opôs categoricamente.
A Poesia Meditativa de Ângelo Monteiro – Bernardo Souto
A linguagem, quando é posta a serviço do falatório, perde o seu poder de lançar luz sobre a existência, tornando-se oca e ineficaz. O papel da Poesia e da Filosofia é justamente dinamitar o falatório — reino dos lugares-comuns semanticamente vazios e repletos de clichês e de expressões pré-moldadas — devolvendo às palavras seu poder de nomear e de explicar o ser.