Conhecer a cultura de um povo é fazer uma viagem para dentro de si, ao nosso inconsciente coletivo. O nosso chão e fonte original. Esse é o único caminho para que o Brasil possa, assim, desenvolver uma civilização única que aporte grandes contribuições para a humanidade, seja no campo artístico, científico, econômico ou moral.
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O Fracasso do Concretismo – Bernardo Souto
A Poesia Concreta pregava a completa abolição das construções sintáticas e a consequente morte do verso, e terminou por criar uma porção de pseudo-poemas que, nas palavras de Manuel Bandeira, tinham mais parentesco com as Palavras Cruzadas do que com a Literatura propriamente dita.
Tragédia e redenção: Rei Lear e a tocha da esperança – Bernardo Souto
Bernardo Souto: Se a tragédia, como bem percebeu Aristóteles, é a representação de homens superiores, o que faz de Lear superior? Podemos dizer que Lear é um herói trágico por excelência, pois ele concentra em si uma paixão e um desejo de ação que lhe serão fatais.
Desafios da Empatia na Prática da Advocacia – Paulo Tamer
Por mais claro que pareçam os conceitos, ser empático é das atividades mais complexas que a mente humana pode tentar desenvolver. Isto porque, tal atividade, do ponto de vista intelectual, é imensamente complexa, dado que desenvolver narrativas e esforços argumentativos sendo empático com seus assistidos é tarefa similar a dos grandes literatos como Dante Alighieri, Dostoiévski, Alexander Soljenítsin, Machado de Assis, Shakespeare, Ivan Turgêniev, G. K. Chesterton, e demais autores de obras de literatura universal.
Afinal, letra de música é ou não é poesia? – Bernardo Souto
A recente atribuição do Nobel de Literatura ao cantor e compositor norte-americano Bob Dylan pôs novamente o assunto em evidência. Afinal de contas, o que de fato diferencia o poema da letra de música? Nos próximos parágrafos, direi o que penso a respeito, a fim de acrescentar algumas informações ao já riquíssimo corpus existente.
Reflexões sobre o Mito e Fantasia em Tolkien – Tiago Barreira
O que mais me agrada em autores do século XX, como Tolkien, é a revalorização do mito e da épica no mundo contemporâneo. Revalorizar o mito épico e a narrativa de fantasia nos dias atuais não é um retorno ao irracionalismo, nem a uma espécie de ingenuidade infantil. Trata-se, sim, de uma tentativa de resgatar um gênero literário esquecido, dentro de sua devida esfera, como fonte de verdade e inspiração imaginativa humana.
Estudo sobre a origem da noção fenomenológica de “epoché”: a epoché de Sexto Empírico – Pedro Araújo
O artigo explora a noção de "epoché" (suspensão do juízo) em Sexto Empírico, um dos principais filósofos céticos. A "epoché" é a prática de suspender o julgamento sobre qualquer afirmação, buscando a ataraxia, ou tranquilidade mental. Sexto Empírico desenvolveu dez tropos, ou lugares argumentativos, para ilustrar a aplicação da "epoché". Esses tropos exploram as diferenças entre animais, humanos, sentidos, circunstâncias, posições, combinações, quantidades, relatividade, frequência e costumes.
Analítica do conceito de ente sob a assunção à tese: o ser não é predicado real – Pedro Araújo
Analise-se o ente, se ele existe aqui e agora. Analise-se uma proposição em que figuram as condições espaço-temporais somadas à forma proposicional designada de segunda adjacente. Assim, considere-se a enunciação seguinte: “aqui e agora, o ente é.”
Que é o ambientalismo? (Parte II) – Pedro Araújo
Todo o multissecular esforço de homens a fim de que o Brasil interior “fosse sentido com as mãos”, no dizer de Juscelino Kubitschek, transformou-se no diagnóstico enunciado por banqueiros estrangeiros e comunistas da loucura, reconhecido como criminoso, de todo aquele brasileiro a quem a sua consciência se unificava pela bondade de servir os outros pela produção de sua lavoura, e de proteger a unidade do país em que habitava.
O que é o reintegracionismo galego? – Tiago Barreira
Desde o início da era moderna, com a formação dos Estados nacionais europeus, o território da Galiza, na Espanha, teve o grande infortúnio de se situar no fogo cruzado entre os centralismos castelhano e lusitano. Após muitos séculos de isolamento, surge finalmente uma tendência de reaproximação entre a Galiza e o mundo da Lusofonia. O movimento reintegracionista consiste, através de acordos de cooperação cultural, científica, linguística e econômica, em um projeto de integração que tem como meta final a convergência entre a Galiza e Portugal ao tronco cultural comum que unia os dois povos no passado pré-Estado moderno.