Mito e Judaísmo

Uma tentativa de descrever um evento divino como uma experiência transcendente ou psíquica não deve ser chamada de “mito”; uma declaração teológica, qualquer que seja sua simplicidade e grandeza evangélicas, ou um relato de visões extáticas, por mais profundamente comoventes que sejam, está fora do âmbito do propriamente mítico.

Fazer o melhor de uma má situação (1979)

Na guerra o objeto do inimigo é tão aterrorizante que você não pode pensar claramente, enquanto seu objeto é continuar a pensar claramente não importa o quanto adversa ou assustadora seja a situação. A ideia sublinhada é que pensar claramente é mais propício para estar ciente da ‘realidade’ para avaliar propriamente o que é real. Mas estar ciente da realidade não é necessariamente prazeroso ou agradável.

Agesilaus Santander

Angelus Novus, de Paul Klee, uma gravura única feita com transferência de óleo e aquarela em 1920, representa um serafim ao mesmo tempo temível e frágil: flutuante, estarrecido, seguindo para um destino incerto. “É como se deve retratar o Anjo da História”, escreveu Walter Benjamin.

A pesquisa sobre a Cabala – Reflexões

A Cabala, ou misticismo judaico, significa “tradição”. Tem uma longa história e durante séculos exerceu uma influência poderosa nos círculos do povo judeu que aspiravam a uma inteligência mais profunda de formas e representações tradicionais do Judaísmo. Acumulando vasta literatura desde a Idade Média, possui como texto central, o Zohar (Livro do Esplendor), surgido no século XIII e amplamente reconhecido como sagrado e canônico.

O Potencial Poético da Cabala

“A descoberta do imenso potencial poético da Cabala, na sua linguagem particular não menos do que nos poemas que chegaram até nós em grande quantidade – aqui constitui um campo quase inexplorado e certamente muito promissor. […] aqueles que tiverem a sorte de fazer essas descobertas que ainda estão por vir encontrarão tesouros de uma riqueza incrível.”

Paul Celan: do ser ao outro

O poema vai na direção do outro. Ele espera juntar-se entregue e desocupado. A obra solitária do poeta escarificando a matéria preciosa das palavras é o ato de expulsar um face a face. O poema torna-se diálogo – ele é frequentemente diálogo perdido,… reencontra, caminhos de uma voz para um tu vigilante. Emmanuel Levinas*; Tradução: …

Platão e o Totalitarismo

Para muitos, sempre foi desconcertante a inclusão de Platão entre os “pais do totalitarismo”, junto com Hegel e Marx, na famosa obra de Popper (1902-1994) A Sociedade Aberta e seus Inimigos (1947). Uma inclusão surpreendente e que chama a atenção por vários motivos, como o de colocar o ateniense, um dos mais elevados cumes teóricos da humanidade, em companhias tão duvidosas.